segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Minhas caixinhas

"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!"

 

Mário Quintana



Não sei quando e nem como começou, mas me lembro adolescente guardando minhas coisas, meus pequenos tesouros de menina em caixinhas, de papelão, de lata, de metal e outros materiais. Desde então venho acumulando uma pequena coleção de caixinhas. Caixas de diversos tamanhos, tipos e origens. Tenho caixas de fósforos que eu mesma guardei desde menina, caixas que ganhei de alunos quando era professora com 19 anos! Caixa que ganhei o primeiro presente do meu então namorado (agora marido).
Elas chamam a minha atenção onde vou e por onde passo. Não estão catalogadas (ainda!), não tem lógica e nem ordem correta. Elas estão ali dispostas na minha "vitrine", todas coloridas, quadradas, redondas, retangulares, de formatos diferentes, estranhos, típicas, de pedra, espelhos, coração, louça, artesanais, religiosas, do Brasil e de muitos lugares do mundo!


Caixinha da Basílica de La Encina em Ponferrada, Espanha
Algumas eu compro, muitas outras são presentes de familiares, amigos que conhecem esse meu hobbie e muitas de meus filhos que não deixam de me presentear com muitas delas quando retornam de suas viagens. Sim, tenho as minhas preferidas (mas as demais não podem saber!), as mais bonitas e as nem tão belas. As que marcam algum evento, algum lugar. uma linda viagem, tem aquelas que me trazem doces lembranças, mas também tenho algumas que sequer me recordo de como vieram parar aqui! Mas quis o destino que elas estivessem todas juntas, unidas.
Tenho outras coleções, gosto de juntar os objetos e admirá-los. caixas de fósforos, conchas, mexedores de drinks, bolachas de chopp (e eu nem bebo!), pequenas lembranças de lugares visitados, bottons e pins, já passei pelo papel de carta, selos e moedas. Confesso que não sou daqueles colecionadores fanáticos que perseguem os objetos onde estão e são capazes de desembolsar fortunas para tê-los.Minhas coleções são totalmente sentimentais e emocionais.

Caixinha de Compostela com as setas amarelas
Sempre me vejo olhando, arrumando e limpando tudo isso, me remetendo aos velhos tempos, lembranças felizes, lugares interessantes, histórias para contar. Tudo tem uma história própria. Não me agrada uma casa arrumada como uma vitrine! Para mim a casa deve ter uma história, deve ter vida, movimento, tem que suscitar a criatividade e o bem estar. As minhas caixinhas e outras coleções estão ali, tem seu lugar em destaque na minha casa. Quem passa por aqui, não deixa de conhecer um pouquinho desse meu lado.
Mesmo durante a minha caminhada até Santiago de Compostela, encontrei um lugarzinho na minha mochila para trazer uma linda caixinha que encontrei na Basílica de La Encina em Ponferrada. E é claro, ao chegar em Santiago e depois em Finisterra, tinham muitas caixinhas à minha espera!  


Caixinha de Santiago de Compostela
Hoje pela manhã, fui surpreendida com um lindo presente! Meu filho Caio me homenageou com um lindo vídeo que ele mesmo fez, registrando a minha coleção de caixinhas. Fiquei muito feliz e emocionada. Obrigada meu filho!

Este é o vídeo que ganhei hoje pela manhã, conheça a minha coleção!
Bem, a nossa caminhada pela vida merece reflexão e registro. Ela pode passar pelas mais diversas experiências, tudo está conectado, somos parte de um mesmo universo.
Na minha caminhada até Santiago, eu levei comigo tudo o que eu era, toda a minha história, minhas lembranças, minhas emoções.
Está tudo lá, guardado dentro de uma linda caixinha!
Ultreya!

4 comentários:

  1. Que LINDO !!!! EMOCIONEI !!!! Que filho querido, que família abençoada e que cainhas que contam uma vida !!!! Lindo demais Celinha !!!!

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    1. Obrigada Dani! Você bem conhece as minhas caixinhas!!! Grande beijo!

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  2. Quantas histórias!! Lindo vídeo, linda coleção!

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